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Inteligência emocional: a virtude da raiva aplicada

Seja na vida pessoal, seja na vida profissional, autocontrole, desenvolvimento de inteligência emocional e melhoria de comunicação são temas que acredito que todos nós sempre teremos algo a melhorar. Pense bem: neste último mês, em algum momento você se viu a ponto de:

Uma das perguntas que mais o (a) trazem em terapia é:

Se esse é o seu caso, gostaria de citar aqui alguns livros que nos ensinam a lidar com a raiva e com nossas emoções.

Destes, os que posso mencionar que, em um primeiro momento, me chamaram mais a atenção, são os livros “Sinta raiva”, de Dalai Lama, e “A virtude da raiva”, de Arun Ghandi (neto de Mahatma Ghandi).

Arun Ghandi vai nos contar nesse livro sobre os seus aprendizados de como lidar com a raiva, ensinados pelo seu avô. Ao contrário do que todos pensam, Arun nos conta que, embora seu avô fosse um grande embaixador da paz, ele não era necessariamente um homem calmo, e sim, em dadas circunstâncias, sentia muita raiva! Arun compartilha conosco diversas experiências bibliográficas suas e de seu avô regadas de emoções e vai nos mostrando e contando como, pouco a pouco, ambos foram aprendendo a lidar com elas.

Ghandi nos indica que, se queremos aprender a lidar com a raiva, devemos, antes de tudo, reconhecê-la e entender sua função como algo bom, pois aí sim, aprenderemos a canalizá-la e utilizá-la para o bem e para a justiça, como ele mesmo nos traz com o seu exemplo. Sem sua garra, energia e motivação, que não se tratavam de nada menos que sua raiva canalizada, hoje não teríamos esta luta gigantesca pela independência da Índia e a grande influência contra o preconceito e o Apartheid na África do Sul.

Dalai Lama também falará sobre o mesmo tema e a importância da canalização da raiva ao nosso favor. Por sua vez, Chade Meng Tang, no livro “Busque dentro de você”, nos trará ferramentas e vivências de autoconhecimento e controle das emoções aplicadas.

Outro autor bastante interessante e que pode auxiliar-nos bastante nessa busca por autorregulação e autoconhecimento será Marshal Rosemberg nos livros “Comunicação Não Violenta” e “Vivendo a Comunicação Não Violenta”. Na comunicação não violenta aprendemos que todo grande conflito provém de sentimentos e necessidades não realizadas de ambas as partes. Em um de seus treinamentos de CNV, Marshal, durante uma terapia de casal, alega aos mesmos: uma vez que vocês dois entenderem os seus sentimentos e a necessidade não realizada um do outro, nós terminaremos a terapia em 10 minutos. Após a descoberta, realmente ambos se entendem em menos do que 10 minutos.

Para a CNV, o primeiro passo é, sim, entrarmos em contato com nossos sentimentos e necessidades não realizadas que nos levaram à “explosão” e ao conflito. Uma vez que nos treinamos e conseguimos compreender nossos sentimentos e necessidades, ficará mais fácil ter empatia e compreender os sentimentos e necessidades um do outro. Em uma boa conversa de acordo, ambos expõem seus sentimentos e necessidades e buscam um consenso para que consigam atender a ambas as necessidades, convivam em harmonia e possam cooperar e se ajudar mutualmente.  

Como todo trabalho de autoconhecimento e reforma íntima, não lhe direi que será algo simples ou que tudo se resolverá de uma hora para outra. Sim, será um trabalho árduo, onde será necessária muita paciência, motivação, persistência e desejo por crescer e melhorar. O que não se difere de nenhuma grande conquista ou sucesso alcançado.

Gostou do tema e ainda gostaria de conhecer e se aprofundar mais?

Para se aprofundar mais em neurociência e no conceito de inteligência emocional leia “Inteligência emocional”, de Daniel Goleman.

Gostaria de ajuda para se desenvolver melhor em sua inteligência emocional?  Se desejar, você pode entrar em contato comigo para uma consulta!

Bibliografia e recomendações de leitura e vídeos sobre o tema:

Autoconhecimento e controle emocional

CNV – Comunicação Não Violenta

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