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Inteligência emocional: reconhecendo seus sentimentos

Inteligência emocional, tema extremamente relevante e debatido nos dias de hoje.

E que acredito que não seja simples para ninguém.

Vamos começar, então, com um pouco de minha história relacionada ao tema.

Nascida, criada e educada por uma família de sangue quente e espanhol: mãe psicóloga e pai empresário. Aprendi com minha família a ser genuína, transparente e a conversar sobre tudo, incluindo minhas dores e emoções. Por outro lado, aprendi também que, na vida, para tudo é necessário muto esforço e muita luta, como também um elevado grau de agressividade para se alcançar meus objetivos.

Na primeira empresa onde trabalhei, aprendi o contrário: que RH não poderia demonstrar braveza ou chateação, deveria, sim, se colocar, sempre que necessário, de forma incisiva, mas nunca de forma agressiva, ou perderia a confiança dos demais colaboradores.

Na segunda, ensinaram-me que, para me tornar sênior, eu deveria demonstrar um pouco menos minhas emoções e que, se desejava ser líder, deveria passar aos outros um semblante calmo e confiante, e nunca de ansiedade ou preocupação.

E assim, pouco a pouco, o mundo empresarial foi me ensinando a importância da inteligência emocional para me tornar uma profissional de sucesso. E você, como eu, imagino que, embora aprenda no dia a dia e melhore a cada empresa, sua inteligência emocional deve, muitas vezes, se pôr a pensar: “mas como raios vou deixar de sentir ou demonstrar o que eu sinto?” ou “como poderei mostrar minha força e capacidade sem responder à altura em situações de agressão?”

A mim, a resposta não veio de bate-pronto e nem de uma hora para outra, mas sim por meio do tempo e da experiência. Os diferentes relacionamentos, as diferentes pessoas com quem convivi e a vida foram me ensinando a cada dia e ainda ensina até hoje.

E diferentemente do que um dia pensei, aprendi na psicologia que inteligência emocional não significa não sentir ou reprimir seus sentimentos, mas sim entender e reconhecer o que se passa dentro de nós.

Mas afinal, o que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é a capacidade de lidar e reconhecer nossos sentimentos e emoções, assim como os dos demais indivíduos, visando tomar decisões coerentes, embasadas e cultivar bons relacionamentos. Diferentemente do Q.I. (Quociente de Inteligência), o Q.E. (Quociente de Inteligência Emocional) não se trata de um conhecimento intelectual e acadêmico, mas sim de saber lidar e reconhecer sentimentos e emoções visando o desenvolvimento pessoal e profissional.

A inteligência emocional é constituída por 5 pilares:

  1. Autoconsciência.
  2. Autorregulação
  3. Automotivação/ Propósito
  4. Empatia
  5. Habilidades sociais

Segundo Daniel Goleman, criador do conceito inteligência emocional, ela pode ser, sim, medida e aprendida, como também desenvolvida, se desejado.

Portanto, sinta e sinta muito! Sinta raiva, sinta mágoa, sinta chateação e sinta dor, mas também sinta amor, sinta paixão, sinta alegria, carinho, respeito e compaixão. Reconheça-se, reconheça suas necessidades e seus sentimentos, pois somente nos compreendendo e tendo autoconsciência teremos capacidade de autorregulação. Somente com muita motivação e propósito teremos força de vontade para tal. E a partir daí, entendendo a nós mesmos, será mais fácil ter empatia e compreender o outro, assim como desenvolver uma maior habilidade social. Assim, o ciclo estará completo; sua inteligência emocional, cada vez mais desenvolvida; e você, mais feliz, empoderado(a), realizado(a) pessoalmente e profissionalmente.

Referências sobre o assunto:

Livros

Testes de E.Q. (Inteligência Emocional)

Unlocking Emotional Intelligence Profile Successfully Submitted • Six Seconds (6seconds.org)

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